quinta-feira, 18 de novembro de 2010

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Caymmi

Todos gostavam de Pedro
E mais do que todas
Rosinha de Chica
A mais bonitinha
E mais bem feitinha
De todas mocinha lá do arraiá

Pedro saiu no seu barco Seis horas da tarde Passou toda a noite
Não veio na hora do sol raiá
Deram com o corpo de Pedro Jogado na praia Roído de peixe Sem barco sem nada
Num canto bem longe lá do arraiá

Pobre Rosinha de Chica
Que era bonita
Agora parece
Que endoideceu
Vive na beira da praia
Olhando pras ondas
Andando rondando
Dizendo baixinho
Morreu, morreu, morreu, oh...

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

alguma parte

Li anteontem, de uma vez apressada, mas completa, o livro novo de Ferreira Gullar. Gostei muito. Tem vida, tem morte, tem partida, tem até espaço. fiquei ressoando.

Li hoje, com mais tempo, a coluna de Caetano. É terrível. Tem de latim arcaico até fobia de nordestinos, passando pela fobia de Lula ao mau caráter afago em Dilma.

Talvez que Caetano tenha alguma verdade absoluta pra dizer sobre tudo (o tal do "ou não" é de Gil, qualquer um que olhe saberá) há 50 anos, mas o tempo é cruel.