terça-feira, 21 de janeiro de 2014

O Japão

Se eu digo lago
e digo lagoa
e digo represa

em minha mente vêm somar-se paisagens imaginárias
se é um lago
peixes enormes, bolhas marrons, areia fina e a minha infância,
se uma lagoa
banhos dominicais
se é represa

Se digo Japão
Se digo Japan
Se digo Japon

Quantos mundos
A quantos falo
sobre o que não vi

domingo, 19 de janeiro de 2014

O Japão

Quando eu digo Japão
Assim Japão
é algo tecnológico
algo ultra novo
que ainda será
mas já está lá

Não são 127 milhões de japoneses idênticos
nem 377 mil quilômetros quadrados
nem lendas de samurais
nem o Sol nascente

Não são os navios de Pearl Harbor
Nem os kamikazes
Nem o motor Honda

Sou eu
O policial de aço Jiban
Os programas da tv manchete
Sou eu
tudo que eu digo

sábado, 11 de janeiro de 2014

O Japão

Quando eu digo Japão
É longe como a distância
enorme
entre seus olhos
e meus olhos

Se eu digo Ranelagh
É doce como a risada de Sylvie
e a voz de Anna
Paris
É logo ali




quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Pode, Waldir?

A respeito da covardia de Gilberto Gil frente ao Teatro Nu e a crônica de Cláudio Marques sobre o cancelamento do reveillon de Neto:

Caro Cláudio,

Quero registrar aqui minha estupefação quanto às reações motivadas pelo seu brilhante texto. Que o Bocãonews, cuja estratégia se baseia em adiantar boatos que nem sempre se convertem em notícias, que o portal Metro1 (recém associado ao rapaz por trás do bocão) e que a população que confunde literatura com jornalismo se levantem em defesa do seu programa ou do seu negócio de fim de ano, vá lá. Que a minha colega de escola sumida desde a quinta série, hoje produtora de eventos, defenda seu quinhão, vá lá. Eles são os interessados na manutenção do negócio. Até Flora, no seu papel de produtora. Mas Gil? Gilberto Passos Gil Moreira? O rapaz do pra prefeito não e pra vereador pode Waldir? O homem pra quem o segurança pediu o crachá? O homem que beija outro homem qualquer diante de seu pai? que anda querendo o pulo certo o encanto o porte esperto, delgado do veado? Qual homem, o Ministro da Cultura? O poeta da lata? Qual é, baiano?

Acho ótimo que Gil tenha assinado a carta que o advogado escreveu para a assessoria dele. Tomara que tenha sido Kakay. Estávamos aqui de povo e GG chegou de Rei. Bravo, Teatro Nu!