quinta-feira, 21 de janeiro de 2010
José de Ribera, San Sebastian 1651 - Museo Thyssen, MAdrid, Porta de Neptuno, Paseo del Prado.
Ontem, mais um ano, mais um dia, mais uma ausência: três batalhas tremendas. É como um grande exílio domiciliar, como o Abstinêncio que não sai mais à rua, como o Marianinho que não volta a Luar-do-Chão, como nós, que não vamos mais em casa.
"Terça-feira, Janeiro 20, 2009 ::: "
Eu dizia em 2006, e mais uma vez:
São Sebastião crivado de flechas, meu menino padroeiro, a ti damos louvores, Grande Mártir!!!
É assim que cantamos lá em casa e a voz de Tia Cé é a única que minha memória guarda, onde quer que eu esteja.
Bem aventurados os que choram, porque serão consolados!
A ti Santo hoje damos louvores
Grande Mártir São Sebastião
Que na terra enfrentastes horrores
Indo a Glória reinar em Sião.
Três batalhas tremendas vencestes;
a bastança, a grandeza, o prazer.
Três triunfos que bem merecestes,
Tríplice Glória que sempre hás de ter
Protetor desta terra querida,
vem livrar-nos dos flagelos mortais.
Dai-nos paz pura e santa vida
Para a Glória reinar imortal.
"Segunda-feira, Janeiro 19, 2009 :::"
Minha Terra Tem Palmeiras
Não queria dizê-lo tão brevemente, assim de letra corrida e recado sem portador, mas me conhecendo bem, pensando em tudo
como estou pensando agora, não há remédio. É amanhã o dia glorioso de São Sebastião, meu coração já conformado escuta
a procissão dizendo "também sou teu povo, Senhor, estou nesta estrada"... povo de Deus rico de nada, lhes bastava Deus.
Quando os foguetes estourarem, eu queria estar naquela fila peregrina, agradecendo e abraçando, sem nada pedir. Eu queria
repetir a tríplice glória do nosso santo padroeiro e silenciar para ouvir as notas subindo as escadas da igreja, queria
ter estado lá desde muito antes para ir preparando tudo, rezando a novena, brincando as festas. A vida é assim. Venceremos,
já me diz Batista, venceremos.
Mas eu queria, porque na multidão que segue o andor eu poderia ir sem a vergonha que me dá de
já não saber os nomes e não reconhecer a todos, e eu poderia ir ali oculto e me sentindo em casa mais uma vez. Eu ia explicando
tudo a Michele e deixando ela perguntar pra eu me sentir Olímpico e sabidão. Não vai dar, mais esse ano e a gente aqui distante
de tudo, sem notícia de leilão nem de nêga de fogo nem de tanque grande nem de nada, como se essas coisas primordiais da
natureza não fizessem girar o mundo e não segurassem o céu sobre as nossas cabeças. Venceremos.
terça-feira, 19 de janeiro de 2010
por que olhar?
Porque ouvi Simão no deserto
porque suave enterra-se o umbigo
E baila a saia com o vento
para saber que ainda tô vivo
porque dança a linha do quadrilE contra o sol desenha-se Isis nas areias
Porque descendo de Salomão em toda sua glória
para alimentar o cinema em minha mentepara imaginar você sofrendo
E O Caso do Vestido sem as filhasPorque brilha o louro pêlo
porque curva a linhaporque suave enterra-se o umbigo
E baila a saia com o vento
Para salvar Eva da serpente
e ir ter com Adão no Paraisopara alegrar-me de haver ja escolhido
para comemorar sua companhia
quarta-feira, 13 de janeiro de 2010
Antes que eu me esqueça, Feliz Ano Novo, espero que o Natal tenha sido bom. Como a tradição lá onde eu roubei a foto manda, faço votos de um ano porreta, cheio de promessas cumpridas, palavras honradas, metas alcançadas, desafios vencidos e beijos de amor. Bom, hein?
L'amour c'est comme un jour, il fait ça, il fait ça, l'amour! heheh roubei do aznavour e de Leslie de Gouville, a foto dela, a música dele.
quinta-feira, 7 de janeiro de 2010
Das duas, Uma
Das duas, uma
Ou será pluma
Ou será pedra e pesará
Se forem hábeis e sábios e sãos
Serão amáveis e tempo terão
Pra fazer da vida a dois
Dois chumaços de algodão
E os frágeis cristais
Das aventuras
Encontrarão proteção e, quem sabe, quebrarão jamais.
Se porventura
A vida dura
Lhes for madrasta e voraz
Sejam capazes, audazes e bons
Façam das pazes noturnos bombons
E os percalços naturais
Farão parte da canção
Serão tropeços
E recomeços
Um a cada vez, cada mês
E vocês se acostumarão
Do generoso Gil para sua filha no altar, num casamento em que a imprensa anunciou doces e detalhes, mas não viu essa jóia.
A Raça humana é uma semana do trabalho de Deus.
Contar das maravilhas, quero dizer que a linha do dorso da menina é mais que uma semana, é inquietação que Deus teve por milênios e havia esquecido e teve que refazer o homem por que se lembrou que tinha de ter aquela linha em S várias vezes desenhada ali. O homem tem acres, dúvidas, temores. A linha do dorso da menina é aquela maravilha.
Atenção para a nova segunda cantada de Esotérico. O que nada, que não sabe nadar, que morre afogada por mim ganhou outro sentido. atenção.
Ou será pluma
Ou será pedra e pesará
Se forem hábeis e sábios e sãos
Serão amáveis e tempo terão
Pra fazer da vida a dois
Dois chumaços de algodão
E os frágeis cristais
Das aventuras
Encontrarão proteção e, quem sabe, quebrarão jamais.
Se porventura
A vida dura
Lhes for madrasta e voraz
Sejam capazes, audazes e bons
Façam das pazes noturnos bombons
E os percalços naturais
Farão parte da canção
Serão tropeços
E recomeços
Um a cada vez, cada mês
E vocês se acostumarão
Do generoso Gil para sua filha no altar, num casamento em que a imprensa anunciou doces e detalhes, mas não viu essa jóia.
A Raça humana é uma semana do trabalho de Deus.
Contar das maravilhas, quero dizer que a linha do dorso da menina é mais que uma semana, é inquietação que Deus teve por milênios e havia esquecido e teve que refazer o homem por que se lembrou que tinha de ter aquela linha em S várias vezes desenhada ali. O homem tem acres, dúvidas, temores. A linha do dorso da menina é aquela maravilha.
Atenção para a nova segunda cantada de Esotérico. O que nada, que não sabe nadar, que morre afogada por mim ganhou outro sentido. atenção.
quarta-feira, 6 de janeiro de 2010
Número Um
Passaste hoje ao meu lado
Vaidosa, de braço dado
Com outro que te encontrou
E eu relembrei comovido
O velho amor esquecido
Que o meu destino arruinou
Chegaste na minha vida
Cansada, desiludida
Triste, mendiga de amor
E eu, pobre, com sacrifício
Fiz um céu do teu suplício
Pus risos na tua dor
Mostrei-te um novo caminho
Onde com muito carinho
Levei-te numa ilusão
Tudo porém foi inútil
Eras no fundo uma fútil
E foste de mão em mão
Satisfaz tua vaidade
Muda de dono à vontade
Isso em mulher é comum
Não guardo frios rancores
Pois entre os teus mil amores
Eu sou o número um
Minha irmã me fez saudade de Mário Lago, e eu fui descobrir que ele compôs Nada Além e essa aí, além das marchas (Aurora), dos sambas (Amélia) e das outras. É bom ter irmã. Ela disse que Dalva parece com Piaf, eu lembrei das folhas mortas, deu saudade. há de.
Passaste hoje ao meu lado
Vaidosa, de braço dado
Com outro que te encontrou
E eu relembrei comovido
O velho amor esquecido
Que o meu destino arruinou
Chegaste na minha vida
Cansada, desiludida
Triste, mendiga de amor
E eu, pobre, com sacrifício
Fiz um céu do teu suplício
Pus risos na tua dor
Mostrei-te um novo caminho
Onde com muito carinho
Levei-te numa ilusão
Tudo porém foi inútil
Eras no fundo uma fútil
E foste de mão em mão
Satisfaz tua vaidade
Muda de dono à vontade
Isso em mulher é comum
Não guardo frios rancores
Pois entre os teus mil amores
Eu sou o número um
Minha irmã me fez saudade de Mário Lago, e eu fui descobrir que ele compôs Nada Além e essa aí, além das marchas (Aurora), dos sambas (Amélia) e das outras. É bom ter irmã. Ela disse que Dalva parece com Piaf, eu lembrei das folhas mortas, deu saudade. há de.
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