Você de pé, olhando o painel
partidas e chegadas da gare Saint-Lazare
gare de Lyon, Montparnasse
Onde quer que você vá
Em meio a obras, polícia
carros de bebê, turistas chineses
Attention à vos affaires, signalez des colis suspects
Você procurando o trem que parte às 16:27
Nesse momento você há de pensar:
Descendo a rua Bahia
O ônibus da Novo Horizonte
Abraços em toda a família
confere as malas
hora de fechar a saudade.
Café em Brumado, janta em Conquista
O trem parte da gare
Sabe-se lá, alegria ou despedida
O que havia para sentir na vida
Nasceu de três degraus
poltrona da janela
e o coração dando adeus da calçada.
sexta-feira, 7 de fevereiro de 2020
sábado, 1 de fevereiro de 2020
Bolero da Nêga de Fogo
Já não se sabe cantar
O bolero da Nêga de fogo
A paixão que a consome em chamas
Ficou perdida no escuro da noite
Mas todos vêem
A moça subir à praça
girar suas espadas
E todos tremem
Todos ouvem
O estridor da pólvora
E o crepitar das fagulhas
E todos sentem
Tenho certeza que é caso de amor
no fim é sempre um caso de amor
a Nêga na praça
com duas espadas
acende a luz sobre a multidão
procura um rosto
cadê
a Nêga na praça
riscando fagulhas
desesperada implora à multidão
quêde quem viu
ninguém
A Nêga na praça
no alto de tudo
Desafia tristemente a multidão
Quem souber cantar meu bolero
tem meu coração
O bolero da Nêga de fogo
A paixão que a consome em chamas
Ficou perdida no escuro da noite
Mas todos vêem
A moça subir à praça
girar suas espadas
E todos tremem
Todos ouvem
O estridor da pólvora
E o crepitar das fagulhas
E todos sentem
Tenho certeza que é caso de amor
no fim é sempre um caso de amor
a Nêga na praça
com duas espadas
acende a luz sobre a multidão
procura um rosto
cadê
a Nêga na praça
riscando fagulhas
desesperada implora à multidão
quêde quem viu
ninguém
A Nêga na praça
no alto de tudo
Desafia tristemente a multidão
Quem souber cantar meu bolero
tem meu coração
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