Mostrando postagens com marcador infrutescencias. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador infrutescencias. Mostrar todas as postagens

sábado, 7 de agosto de 2010

retrouvailles

place des grands hommes

On s'était dit rendez-vous dans 10 ans

Même jour, même heure, même pommes
On verra quand on aura 30 ans
Sur les marches de la place des grands hommes

Le jour est venu et moi aussi
Mais je ne veux pas être le premier
Si on avait plus rien à se dire et si et si
Je fais des détours dans le quartier

C'est fou qu'un crépuscule de printemps
Rappelle le même crépuscule qu'il y a 10 ans
Trottoirs usés par les regards baissés
Qu'est-ce-que j'ai fais de ces années? ...

***

Hoje tem reencontro da turma da escola, e já são 9 anos. O que dá pra fazer em 9 anos e um pouco? casar, trabalhar, ter filhos, estudar, aventurar. É verdade que nem tudo é como a gente sonha, é verdade que nem em sonhos pensava ter vivido tanta coisa até aqui. Sonhava estudar na Europa, não imaginava morar em Paris e tudo mais. Sonhava casar, não imaginava tanta vida nessa palavra, sonhava ter filho, aí está ele.


***

Meu bom jesus, que ninguém se lembre daquele dia, que ninguém se lembre daquele dia, que ninguém se lembre daquele dia!



segunda-feira, 19 de abril de 2010

Notícias

O Filho que eu quero ter
Vinicius de Moraes

É comum a gente sonhar, eu sei
Quando vem o entardecer
Pois eu também dei de sonhar
Um sonho lindo de morrer

Vejo um berço e nele eu me debruçar
Com o pranto a me correr
E assim, chorando, acalentar
O filho que eu quero ter

Dorme, meu pequenininho
Dorme que a noite já vem
Teu pai está muito sozinho
De tanto amor que ele tem

De repente o vejo se transformar
Num menino igual a mim
Que vem correndo me beijar
Quando eu chegar lá de onde vim

Um menino sempre a me perguntar
Um porquê que não tem fim
Um filho a quem só queira bem
E a quem só diga que sim

Dorme, menino levado
Dorme que a vida já vem
Teu pai está muito cansado
De tanta dor que ele tem

Quando a vida enfim me quiser levar
Pelo tanto que me deu
Sentir-lhe a barba me roçar
No derradeiro beijo seu

E ao sentir também sua mão vedar
Meu olhar dos olhos seus
Ouvir-lhe a voz a me embalar
Num acalanto de adeus

Dorme, meu pai, sem cuidado
Dorme que ao entardecer
Teu filho sonha acordado
Com o filho que ele quer ter

O Caderno
Toquinho

Sou eu que vou seguir você
Do primeiro rabisco
Até o be-a-bá.
Em todos os desenhos
Coloridos vou estar
A casa, a montanha
Duas nuvens no céu
E um sol a sorrir no papel...

Sou eu que vou ser seu colega
Seus problemas ajudar a resolver
Te acompanhar nas provas
Bimestrais, você vai ver
Serei, de você, confidente fiel
Se seu pranto molhar meu papel...

Sou eu que vou ser seu amigo
Vou lhe dar abrigo
Se você quiser
Quando surgirem
Seus primeiros raios de mulher
A vida se abrirá
Num feroz carrossel
E você vai rasgar meu papel...

O que está escrito em mim
Comigo ficará guardado
Se lhe dá prazer
A vida segue sempre em frente
O que se há de fazer...

Só peço, à você
Um favor, se puder
Não me esqueça
Num canto qualquer

segunda-feira, 1 de março de 2010

O Navio Negreiro

E eis que às 06:30 da manhã, vindo pra cá e lembrando Joaquim Nabuco:

Era um sonho dantesco... o tombadilho
Que das luzernas avermelha o brilho.
Em sangue a se banhar.
Tinir de ferros... estalar de açoite...
Legiões de homens negros como a noite,
Horrendos a dançar...

Negras mulheres, suspendendo às tetas
Magras crianças, cujas bocas pretas
Rega o sangue das mães:
Outras moças, mas nuas e espantadas,
No turbilhão de espectros arrastadas,
Em ânsia e mágoa vãs!

E ri-se a orquestra irônica, estridente...
E da ronda fantástica a serpente
Faz doudas espirais ...
Se o velho arqueja, se no chão resvala,
Ouvem-se gritos... o chicote estala.
E voam mais e mais...

Presa nos elos de uma só cadeia,
A multidão faminta cambaleia,
E chora e dança ali!
Um de raiva delira, outro enlouquece,
Outro, que martírios embrutece,
Cantando, geme e ri!

No entanto o capitão manda a manobra,
E após fitando o céu que se desdobra,
Tão puro sobre o mar,
Diz do fumo entre os densos nevoeiros:
"Vibrai rijo o chicote, marinheiros!
Fazei-os mais dançar!..."

E ri-se a orquestra irônica, estridente. . .
E da ronda fantástica a serpente
Faz doudas espirais...
Qual um sonho dantesco as sombras voam!...
Gritos, ais, maldições, preces ressoam!
E ri-se Satanás!...


Senhor Deus dos desgraçados!
Dizei-me vós, Senhor Deus!
Se é loucura... se é verdade
Tanto horror perante os céus?!
Ó mar, por que não apagas
Co'a esponja de tuas vagas
De teu manto este borrão?...
Astros! noites! tempestades!
Rolai das imensidades!
Varrei os mares, tufão!

Quem são estes desgraçados
Que não encontram em vós
Mais que o rir calmo da turba
Que excita a fúria do algoz?
Quem são? Se a estrela se cala,
Se a vaga à pressa resvala
Como um cúmplice fugaz,
Perante a noite confusa...
Dize-o tu, severa Musa,
Musa libérrima, audaz!...

São os filhos do deserto,
Onde a terra esposa a luz.
Onde vive em campo aberto
A tribo dos homens nus...
São os guerreiros ousados
Que com os tigres mosqueados
Combatem na solidão.
Ontem simples, fortes, bravos.
Hoje míseros escravos,
Sem luz, sem ar, sem razão. . .

São mulheres desgraçadas,
Como Agar o foi também.
Que sedentas, alquebradas,
De longe... bem longe vêm...
Trazendo com tíbios passos,
Filhos e algemas nos braços,
N'alma — lágrimas e fel...
Como Agar sofrendo tanto,
Que nem o leite de pranto
Têm que dar para Ismael.

Lá nas areias infindas,
Das palmeiras no país,
Nasceram crianças lindas,
Viveram moças gentis...
Passa um dia a caravana,
Quando a virgem na cabana
Cisma da noite nos véus ...
... Adeus, ó choça do monte,
... Adeus, palmeiras da fonte!...
... Adeus, amores... adeus!...

Senhor Deus dos desgraçados!
Dizei-me vós, Senhor Deus,
Se eu deliro... ou se é verdade
Tanto horror perante os céus?!...
Ó mar, por que não apagas
Co'a esponja de tuas vagas
Do teu manto este borrão?
Astros! noites! tempestades!
Rolai das imensidades!
Varrei os mares, tufão! ...

Existe um povo que a bandeira empresta
P'ra cobrir tanta infâmia e cobardia!...
E deixa-a transformar-se nessa festa
Em manto impuro de bacante fria!...
Meu Deus! meu Deus! mas que bandeira é esta,
Que impudente na gávea tripudia?
Silêncio. Musa... chora, e chora tanto
Que o pavilhão se lave no teu pranto! ...

Auriverde pendão de minha terra,
Que a brisa do Brasil beija e balança,
Estandarte que a luz do sol encerra
E as promessas divinas da esperança...
Tu que, da liberdade após a guerra,
Foste hasteado dos heróis na lança
Antes te houvessem roto na batalha,
Que servires a um povo de mortalha!...

Fatalidade atroz que a mente esmaga!
Extingue nesta hora o brigue imundo
O trilho que Colombo abriu nas vagas,
Como um íris no pélago profundo!
Mas é infâmia demais! ... Da etérea plaga
Levantai-vos, heróis do Novo Mundo!
Andrada! arranca esse pendão dos ares!
Colombo! fecha a porta dos teus mares!

Que a brisa do Brasil beija e balança...
Que a brisa do Brasil beija e balança,

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

CONTRA MOINHOS DESDE FAZ TEMPO

Prezada Sra.

Ao perceber uso inadequado e indevido do domínio www.__ba.br, procurei imediatamente os possíveis responsáveis e competentes para que esclarecessem a celeuma formada em minha cabeça, sobretudo face à minha percepção da realidade de haver uma pagina pessoal com registro em um servidor de propriedade da UNIÃO. Para tanto, utilizei o ____, veículo de comunicação que considero legitimado por englobar as diversas perspectivas que se formam em nós na discussão democrática da realidade cada dia mais surreal em que vivemos.

Ainda hoje pude encontrar uma das professoras ligadas à YYY, que me pediu esclarecimentos por eu ter solicitado esclarecimentos àquela coordenação(!), com a qual o Sr. XXX, ou XXX simplesmente, como queira, não mantém, segundo a professora, vínculos de qualquer espécie. A
professora esclarece que a YYY vincula à página institucional do __ os conteúdos de seu interesse e não promove a criação de páginas pessoais e esclarece ainda que nenhum dos projetos citados pelo Sr. XXX é vinculado à Pós Graduação do __.

Tendo recebido a sua mensagem, notei que a Sra. se preocupou em demonstrar que a existência da ‘página pessoal’ do Sr XXX não é criminosa, nem configura corrupção nem favorecimentos. Antes, preenche interesse do __. Apresso-me em dizer que não foi e nem é minha intenção questionar a validade da contribuição científica apresentada na forma de notas de aulas e trabalhos, entre outras. Como disse à professora com quem falei mais cedo, aos colegas da empresa Junior de administração, aos colegas que convivem com a produção científica e ao
Prof. ABC, por meio do ____, minha preocupação diz respeito à existência de uma página pessoal farta de diretórios, enquanto a produção científica e a comunidade acadêmica utilizam os recursos dos servidores com tantas restrições.

Não poderia saber que a __ teria promovido a hospedagem da pagina do Sr. XXX quando as normas de uso da ____ publicadas por essa coordenação dizem, em capítulo específico às “Paginas www”, que:

1 - Para hospedar uma página de projeto institucional, um dos servidores
envolvidos no projeto deve apresentar uma proposta de página a __.
(...) os servidores poderão hospedar páginas associadas a projetos
institucionais, coordenadorias de cursos e páginas referentes às
disciplinas, que além de seguirem as regras abaixo, deverão,
"obrigatoriamente, possuir o mesmo layout da página da instituição"
2 - O endereço da página terá o formato
www.__ba.br/projetos/nomedoprojeto e o endereço eletrônico terá o
formato nomedoprojeto@__ba.br O servidor que apresentou a proposta
será o responsável pela conta. A __ dará o suporte técnico para a
produção da página, entretanto não se responsabilizara pela criação ou
manutenção da mesma. Este serviço não poderá ser utilizado para fins
comerciais;
3 - Para hospedar uma página de coordenadoria de curso (...) O endereço da
página terá o formato www.__ba.br/areas/nomedaarea e o endereço
eletrônico terá o formato nomedaarea@__ba.br O coordenador será o
responsável pela conta.
4 - Para hospedar uma página de disciplina, o professor deve apresentar
uma proposta de página para a __. (...)O endereço da página terá o
formato www.__ba.br/disciplinas/nomedadisciplina e o endereço
eletrônico terá o formato nomedadisciplina@__ba..br O professor será
o responsável pela conta. A __ dará o suporte técnico para a produção
da página, entretanto não se responsabilizará pela criação ou manutenção
da mesma. Este serviço não poderá ser utilizado para fins comerciais.

Diz ainda, em referência às diretrizes de uso da rede: “os recursos devem ser empregados de forma parcimoniosa, respeitando o espírito comunitário do __;”

Dessa forma, continuo considerando indevido e prejudicial o uso do servidor na forma de página pessoal. Trata-se de coisa pública com finalidade acadêmica e administrativa, não pessoal. A ninguém é dada a prerrogativa de fazê-lo de forma diferenciada, como é o caso, considerando
o que diz o regulamento em relação aos departamentos e coordenações. Até o momento não encontrei nenhuma outra página pessoal no formato da do Sr. XXX, e acredito que não vou encontrar, nem no __ba.br nem em outras autarquias, claro é o equívoco de tal situação. Por isso é que não aceito que sejam feridas a igualdade, a responsabilidade para com o desenvolvimento humano e social e a seriedade da produção acadêmica em nossa instituição.

Faço votos de que o Sr. XXX continue representando um apoio para essa coordenação, pelo que solicito, como membro da comunidade acadêmica, que os recursos do __ sejam usados na forma que a própria __ estabelece como regra, para que o que se considera apoio não resulte em descrédito e desconfiança.

Quanto à minha paixão pelo __, não gostaria que fosse ela a peneira com que viessem tapar o Sol sobre minha cabeça. Escolhendo esta instituição para desenvolver a minha Graduação, assumo também o dever e o compromisso de colaborar para que o seu bom nome seja zelado até o último momento de minha vida profissional, e isso só será suficiente se eu concordar em ser pequeno. Para ser grande, como diz o meu amigo Português, é preciso ser inteiro. Temos que cuidar, ser diligentes, fiscais de nós mesmos e dos reflexos dos nossos atos. Espero contar com a colaboração da __ ao desenvolver projetos de relevância para a instituição ou se por acaso, vier a compor o seu quadro administrativo. Entretanto, dispenso os seus préstimos para manutenção de página pessoal em meu nome. Isso pode ser feito junto a um servidor particular como o yahoo, o vilabol, entre muitos outros, na forma de websites, blogs, flogs, perfis etc.

Recomendo que os estudantes de Administração visitem a pagina do Sr. XXX na forma em que ela se encontra agora, na certeza de que aprenderão muito sobre tecnologias da informação, objeto de estudo do nosso curso em três disciplinas, Direito e Legislação Social, objeto de estudo do nosso curso em disciplina específica e, sobretudo, sobre organizações informais, Administração Pública e controle dos recursos de uma organização.

Insistentemente,
Pedro Laurentino

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

por que olhar?

Porque ouvi Simão no deserto
para saber que ainda tô vivo
porque dança a linha do quadril
E contra o sol desenha-se Isis nas areias

Porque descendo de Salomão em toda sua glória
para alimentar o cinema em minha mente
para imaginar você sofrendo
E O Caso do Vestido sem as filhas

Porque brilha o louro pêlo
porque curva a linha
porque suave enterra-se o umbigo
E baila a saia com o vento

Para salvar Eva da serpente
e ir ter com Adão no Paraiso
para alegrar-me de haver ja escolhido
para comemorar sua companhia

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

le dernier

[16.2.09 4:15 PM PEDRO LAURENTINO]



Eu fiz isso pra Ana, agora Ana já não é. A gente dava uma bilôra por dia e recitava Suassuna, e isso fazia de nós grandes amigos. Ela tinha seus projetos, eu os meus, e ela dizia que ia sentir minha falta mas queria me ver realizado. Eu vou sentir falta dela sempre. Viva o Império da Paraíba! A arte armorial perde uma admiradora e entusiasta aqui, mas ganha uma representante no céu.