segunda-feira, 6 de abril de 2009



A gente ia saindo do Musée d'Orsay para ir ao Louvre, querendo ir pra Orangerie ver algumas telas. Ia andando porque tinha Sol e não muito frio e tudo era gratuito no domingo de fevereiro. Numa das pontes do Sena, sob a passarela, um artista tocando piaf, je ne regrette rien. Clichê do clichê, mas ir vivendo e pensando eu estou vivendo este clichê é bom de se viver e de se lembrar, mas eu lembro que ia pensando eu vou ter saudade disso, só por isso se me obscurece o Sol, o verde das árvores é velho e as flores murcham antes, Fernando Pessoa.

Aí vi aqui Piaf cantando e pensei na beleza da arte do cinema supermoderno (Rá!) e na transfornação possível pela maquiagem e pelos polímeros e borrachas quentes, mas também pela genialidade dos atores. Bravissimo, bravo bravo. O dvd tem transformado o cinema numa fila de enredos impossíveis e no esvaziamento das tragédias e dramas à la shakespeare, ao gosto dos franceses, chineses e iranianos. Só aumenta o mérito do grande ator, porque a missão fica mais impossível. Como crítico de cinema, sou uma juliana cunha de bigode, vê-se logo.

Vejam Piaf - Um Hino ao Amor e pronto.

Um comentário:

  1. Eu quero assistir Piaf tbm!

    Eu quero tbm ir à França e ver um artista tocando Piaf "je ne regrette rien"!

    Temos um caminho longo a percorrer... bjo!

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