Então vejamos.
O futebol é um esporte de circunstâncias especiais, de reviravoltas, de superação e de invenção. Onze contra onze, e o resultado só está seguro quando o monsieur l'arbitre apita e fim de papo.
Pois lá vai o Bahia. Quem viu a partida de ontem entre Botafogo e Bahia só pode pensar que o futebol é o contrário de tudo isso, um esporte em que dois times entram em campo e o maior massacra o menor, que não pode fazer nada a respeito, e que sempre é assim.
Quem viu o Bahia ontem só pode pensar que no final do campeonato o Bahia será rebaixado e nunca mais retornará à primeira divisão, quiçá poderá se manter na segunda. Quem viu o Bahia até esta oitava rodada do campeonato brasileiro só pode imaginar um cortejo fúnebre que culminará num enterro lá em dezembro.
Tem jeito? Sei não. Se pensarmos que faz três anos que o time busca laterais, e que o melhor até aqui foi Dodô antes da perna quebrada ou Jancarlos antes do estirão ou Ávine entre as mil cirurgias, só podemos concluir que se der uma chuva de Xuxa, Pelé vai cair de maca no fazendão, machucado e em péssima fase. Se houver uma liquidação de lateral na Espanha, o Bahia fica preso na imigração e é deportado sem comprar nenhum. Se aparecer um Garrincha na série D, o Bahia vai perder ele pra um olheiro do Íbis. Aí fica puxado.
O jeito poderia ser contratar uma mãe de santo cura tudo da igreja universal. Mas vai que ela se machuca, hein? Vai que ela cura um e o contrato acaba e outro time leva, hein? Vai que na hora o cara acha que ela é da posição, mas bota um volante no lugar?
Era só pra dizer que entramos na zona e dela não sairemos jamais. Pelo menos até a próxima rodada.
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